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Uso indevido de scooters elétricas por adolescentes acende alerta

Tema ganhou destaque na Câmara de Vereadores de São Ludgero através da palavra de Lucas Peters Filho


Uso indevido de scooters elétricas por adolescentes acende alerta

A febre dos veículos elétricos de pequeno porte, como scooters, bicicletas e patinetes, chegou com força em São Ludgero, acompanhando uma tendência nacional. No entanto, a popularização desses meios de transporte entre crianças e adolescentes tem gerado crescente preocupação quanto à segurança no trânsito, à ausência de regulamentação e à falta de fiscalização. O tema ganhou destaque na última sessão da Câmara de Vereadores, quando o vereador Lucas Peters Filho (PP) fez um alerta contundente sobre os riscos do uso indevido desses veículos.

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Durante seu pronunciamento no plenário, Lucas Peters (foto) chamou a atenção para o número crescente de jovens utilizando scooters elétricas sem qualquer tipo de capacitação, orientação ou equipamento de segurança. Segundo ele, não são raros os casos de adolescentes pilotando esses veículos em alta velocidade pelas ruas e calçadas da cidade, colocando em risco não apenas suas próprias vidas, mas também a integridade física de pedestres e motoristas.

“A gente precisa agir antes que aconteça uma tragédia. Esses veículos, por mais silenciosos e práticos que sejam, exigem regras claras, fiscalização e, principalmente, conscientização. É inadmissível ver crianças com menos de 12 anos circulando pelas vias em scooters elétricas, sem capacete e muitas vezes transportando outra pessoa na garupa”, ressalta.

A fala do parlamentar trouxe à tona uma realidade que já motivou mudanças em outras cidades catarinenses. Municípios como Balneário Camboriú, Penha e Palhoça já aprovaram legislações específicas para regulamentar o uso de patinetes elétricos, bicicletas elétricas e ciclomotores. Em Balneário Camboriú, inclusive, o processo de regulamentação foi acelerado após um episódio que envolveu diretamente a prefeita da cidade, Juliana Pavei (PSD)que acabou sendo atingida por um patinete em alta velocidade enquanto caminhava rumo ao seu carro.

“Eu não estava no patinete, eu estava caminhando, indo para o meu carro quando o patinete veio em alta velocidade e me arremessou quase no meio da Avenida Brasil. Então, fica aqui, para que todos possam ter consciência no uso, cuidado para que todos possam transitar”, relatou à época a gestora municipal, em depoimento que repercutiu nacionalmente.

O Jornal CN procurou o especialista em segurança viária Christian Alves, que reforçou a importância de uma legislação clara e eficiente sobre o uso desses novos meios de locomoção. “O avanço tecnológico e a popularização de veículos elétricos trouxeram mobilidade, mas também novos desafios. Esses equipamentos, quando operados sem responsabilidade e fora de um marco regulatório, tornam-se verdadeiras ameaças à segurança urbana. É imprescindível que os municípios se antecipem com normas claras e campanhas educativas”, afirmou.

Alves destacou ainda que, por mais que os veículos elétricos pareçam inofensivos, eles podem atingir altas velocidades e têm massa suficiente para causar danos significativos em casos de colisão. “É um erro considerar que, por serem pequenos, esses veículos não oferecem perigo. Ao contrário: a falsa sensação de segurança que oferecem faz com que muitos usuários ignorem as regras básicas de trânsito.”

O alerta feito por Lucas Peters na Câmara de São Ludgero deve estimular uma reflexão mais ampla sobre o papel do poder público diante das transformações na mobilidade urbana. O vereador propõe que o município estude a criação de um projeto de lei inspirado nas normas já em vigor em outras cidades, adaptando-as à realidade local.

Além disso, sugere que a Secretaria de Educação, em parceria com a Polícia Militar, desenvolva campanhas de conscientização nas escolas, alertando sobre os perigos do uso imprudente desses veículos. “Precisamos educar agora, para não lamentar depois”, afirmou.

A expectativa é que a Câmara Municipal abra espaço para um debate mais aprofundado sobre o tema nas próximas sessões, com a participação de representantes do Executivo, da Polícia Militar, do Conselho Tutelar e da sociedade civil organizada. 




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