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Cristiano Alves

A renovação com nome, sobrenome e projeto

Divulgação Ruy Baron
A renovação com nome, sobrenome e projeto

João Campos não é mais uma promessa da política brasileira — é uma realidade consolidada. Sua eleição à presidência nacional do PSB marca um divisor de águas dentro da esquerda: ela agora tem um novo rosto, jovem, popular, articulado e com apetite de poder. Aos 31 anos, no segundo mandato como prefeito do Recife e com mais de 70% de aprovação, João não apenas lidera uma das capitais mais importantes do país; ele se posiciona como o herdeiro direto do espaço que a esquerda precisa urgentemente preencher no cenário nacional: o da renovação com viabilidade.

Sua ascensão ao comando do PSB foi cuidadosamente coreografada. Não houve disputa interna — houve mobilização estratégica. A presença de pesos-pesados como o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e, especialmente, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), deixou claro que Campos não é mais uma figura regional. A política nacional já o enxerga como protagonista.

A participação de Hugo Motta, de um partido conservador ligado ao bolsonarismo, em um evento de esquerda, não foi um deslize ideológico. Foi um recado. João Campos tem força para atrair interlocutores fora da bolha progressista. E isso, num Brasil polarizado, é ouro. Ele tem algo que falta a muitos líderes atuais: capacidade de diálogo sem abdicar de princípios. Transita entre campos com firmeza e, mais do que isso, com naturalidade. É exatamente essa habilidade que o diferencia da velha guarda.

O simbolismo de sua eleição também serve como um sinal claro para o eleitor jovem, que muitas vezes se sente distante ou ignorado pela linguagem e pelas práticas da política tradicional. Campos sabe que o Brasil que vai às urnas nos próximos ciclos será majoritariamente jovem, conectado, crítico — e cansado das mesmas caras e discursos. Ele fala essa língua, mas também entrega resultado. Em Recife, sua gestão é aprovada massivamente. Em Pernambuco, pesquisas já indicam mais de 60% de intenção de votos para o governo estadual. Se quiser, o Palácio do Campo das Princesas está à sua espera.

Mas talvez o projeto de João seja mais ambicioso. Ao defender Alckmin como vice de Lula em 2026, ele sinaliza que quer manter-se no tabuleiro presidencial. Não como coadjuvante, mas como uma peça-chave no redesenho da esquerda para o futuro. E se Lula optar por não disputar, João Campos é um nome natural a ser cogitado. Com estrutura partidária, apoio institucional e uma imagem pública em ascensão, ele se torna hoje um dos nomes mais perigosos para a direita — e mais promissores para quem acredita em uma esquerda pragmática, moderna e viável.

João não é apenas o neto de Miguel Arraes ou o filho de Eduardo Campos. Ele é, hoje, o símbolo de um novo ciclo. A esquerda, se quiser se manter competitiva nos próximos anos, precisa parar de apenas defender o passado. Com João Campos no comando do PSB, ela começa a disputar o futuro. E com força.



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